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Capítulo 1 - Recomeço

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1Capítulo 1 - Recomeço Empty Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:35 pm

Ren

Ren




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narração.
"pensamentos".
-falas.


post - 1



…E assim acaba o gigantesco prólogo da minha história.

Pois é, pra falar a verdade, o único motivo de eu ter gastado tanto tempo te contando tudo o que aconteceu até agora foi pra te dar o contexto do que acontece daqui pra frente, que é quando as coisas ficam realmente interessantes. É nesse período que a inusitada sequência de eventos que vai acabar me levando até onde eu tô hoje em dia, começa pra valer. Sem dúvida alguma, o período mais atribulado e divertido da minha vida até agora. Uma época que eu daria tudo pra poder viver de novo.

Afinal, como eu mesma li naquele livro onde aprendi sobre escrita, toda história precisa ter um começo mais ou menos pro impacto dela ser maximizado lá na frente, né?

Enfim, já enrolei demais. Agora tá na hora de falar sobre o que aconteceu logo depois que eu, Izzy, Bell e Anzu chegamos em Caffeine de carona no barco do pirata Klaus Sunwizer.



O clima tava ameno, não haviam muitas nuvens no céu, e o barco do Sunwizer tava praticamente vazio. Ele e sua tripulação tinham atrás de dinheiro em Caffeine pra construir um navio novo de madeira adam faz um tempinho, já eu, decidi ficar pra trás pra não atrair atenção da marinha e demais indesejados. Meu objetivo aqui era criar boas relações com o Imperador de Dragora, e como esse objetivo já tinha sido atingido, eu não tinha motivos pra continuar por perto. Tava na hora de voltar pra Hoxter, afinal, eu tinha uma empresa pra administrar.

Eu tava sozinha na minha cabine no navio de Dragora, e enquanto eu juntava minhas coisas em preparação pra viagem, a porta da cabine logo se abriu, com minha irmã Izzy adentrando o recinto. - Ren! A Bell e a Anzu tão de volta. Pelo visto não encontraram problemas na ilha. - Ela avisou, em seguida lançando um olhar curioso sobre mim. - O que você tá fazendo? A gente já tá de saída? - Minha irmã perguntou, levemente confusa.

Fiz um sorrisinho sarcástico pra Izzy antes de responder ao questionamento dela. - Isso mesmo. O Sunwizer já me deve uma, não temos mais o que fazer aqui por enquanto. - Enquanto falava, eu continuava a juntar meus pertences, sem desviar muito minha atenção da tarefa. - E além do mais, quero ver como a Núbia se saiu cuidando do Clube nesse tempo que a gente ficou ausente. O pessoal lá em Hoxter é bem barra pesada, não deve ter sido fácil. - Ao concluir a explicação, enfim terminava de juntar tudo, em seguida levantando da cama sem demora e andando em direção a porta. - Tô indo lá no porto procurar algum navio mercante que aceite nos dar uma carona até Hoxter. Avisa isso pras meninas e depois me encontrem lá. - Fiz uma piscadela na direção dela logo depois de dar as ordens, e então saí do cômodo sem olhar pra trás, decidida. Izzy deu de ombros ao terminar de me ouvir falar, certamente não esperando ouvir o que eu tinha dito, mas logo foi atrás da mim, deixando a cabine vazia pra trás .

O dia realmente tava lindo, e ao chegar no convés, já senti no rosto a agradável brisa marítima. Parei por alguns instantes pra contemplar a bela vista do Oceano da Grand Line, observavando o vôo das gaivotas, que cruzavam aquele belo céu azul ensolarado indo sabe-se-lá pra onde. Até hoje eu não sei bem explicar o motivo, mas naquele momento eu tive uma sensação de liberdade diferente de qualquer coisa que já tinha sentido antes. Foi um negócio beem curioso, mas eu estaria mentindo se dissesse que não foi incrível.



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2Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:35 pm

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Minha ida até o porto da Cidade Real foi bem tranquila. Caminhei despreocupada pelas ruas de Caffeine até chegar no porto, observando o quão movimentado esse local era. Imaginei que por ter tanta gente, talvez fosse lucrativo eu tentar empreender aqui, mas no fim das contas eu não planejava me estabelecer em outras ilhas por enquanto, afinal, eu ainda tinha meu clube em Hoxter pra cuidar. Eu não podia ir com muita sede ao pote abrindo novas franquias e acabar me esquecendo de priorizar o original.

Uma vez tendo chegado no meu destino, pude observar uma grande quantidade de marujos movendo barris e caixas de mercadoria pra dentro e fora de vários navios ali presentes. Era um bom sinal, significava que haviam barcos que tavam próximos do horário de zarpar. Eu tava prestes a caminhar até o navio mercante mais próximo pra pedir carona, mas logo parei assim que percebi um indivíduo ruivo vestindo um terno bem espalhafatoso se aproximando de mim.

Ele tinha uma expressão super convencida no rosto, e olhava pra mim como se já me conhecesse. Já eu, nunca tinha visto mais gordo. Era um total desconhecido, e foi apenas a curiosidade que me convenceu a dá-lo uma chance e escutar o que esse indivíduo tão singular tinha pra falar. - Coordenadora Ren, é um prazer finalmente te conhecer! - Ele cumprimentou, em um tom muito amigável. - Ouvi falar muito do seu trabalho no distrito, dá pra dizer que eu acabei até virando um grande fã seu. - Ele continuou, dessa vez rasgando elogios, sem dúvidas esperando que essa tática tão simples ia me fazer baixar a guarda.

Cruzei os braços ao ouvir aquilo tudo, sem ter certeza do que concluir. Pela forma com a qual ele falou, aparentemente ele se trata de um colega do distrito da Luz Vermelha, ou ao menos alguém do submundo em geral. Mas o que me incomodava mesmo não era isso, e sim a forma tão casual que ele veio falar comigo. Não era todo dia que meus colegas vinham falar comigo desse jeito. - Um fã? Não sabia que já tava ficando tão famosa! - Comentei, usando um ar obviamente jocoso. - Por quê não se apresenta pra mim? Eu adoraria saber mais sobre o meu primeiro "fã". - Perguntava, usando um sorriso cínico no rosto.

Ele fez uma risadinha sem graça ao ouvir meu pedido. - Ah é! Onde estão meus modos… - O rapaz pigarreou, e então começou a se apresentar. - Meu nome é Michello Biazzi, tô aqui sob as ordens dos nossos superiores no distrito. - O ruivo esclarecia, tendo o bom senso de não dar muitos detalhes por estarmos conversando em público. - Acabei de desembarcar aqui na ilha, imagina a sorte de ter dado de cara com você ainda aqui no porto! - Ele riu ao fazer o comentário.

- Hm, é mesmo? - Falava, erguendo a sobrancelha. Aquele papo dele estar sob as ordens dos *nossos* superiores me deixou ainda mais curiosa, já que não era comum eu receber esse tipo de mensageiro dos meus chefes. Acontecia mais quando meu cargo era mais baixo. Pelo visto era algo beem importante. "Parece que eu não vou poder sair dessa ilha nem tão cedo…" Pensei, enquanto esperava Michello terminar de falar.

- Aqui não parece ser o melhor lugar pra gente ter essa conversa, então que tal a gente se encontrar no bar da Carnelia mais tarde? - Ele sugeriu, me entregando um bilhete com o endereço do tal lugar. - Certo… apareço por lá ao pôr do sol. - Tentei concluir o papo com rapidez, na intenção de evitar atrair atenções caso tivesse alguém suspeito da gente nos arredores. Colocando o bilhete junto dos meus outros pertences, eu estava prestes a dar as costas ao ruivo e sair dali, quando de repente ele levantou a voz uma última vez. - Ah, e não esquece de levar suas três subordinadas junto. Vamos precisar de todas vocês. - Ele acrescentou em um tom casual, para só então fazer uma pequena reverência e sair andando, desaparecendo no meio da multidão depois de pouco tempo.

Pra ser sincera, eu não sabia bem o que pensar depois daquele encontro tão inesperado. Era um pouco frustrante que eu não iria poder voltar pra Hoxter quando queria, mas talvez essa pequena mensagem dos superiores pudesse acabar apresentando uma boa oportunidade pra que eu cresça ainda mais na organização. De qualquer forma, a secreta mensagem que Michello ia me passar atiçava muito a minha curiosidade, e eu mal podia esperar pra saber do que se tratava.



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3Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:36 pm

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- Bom, parece que as nossas "férias" acabaram de acabar... - Falou minha irmã Izzy, em um tom de decepção.

Pouco tempo depois do meu curto papo com o tal do Michello, Izzy, Bell e Anzu logo apareceram no porto como a gente tinha combinado lá atrás. Assim que nos reunimos, levei as garotas pra um beco pouco movimentado no porto e fiz uma explicação resumida do meu encontro com o ruivo. As reações foram variadas, Anzu e Bell pareceram gostar da possibilidade disso ser uma oportunidade de cair nas graças dos nossos superiores no distrito e crescer lá dentro. Já a Izzy estava visivelmente apreensiva, o motivo disso até então era desconhecido pra mim.

Logo mais Anzu estalou os punhos, animada. - Se ele falou que com certeza que precisa de todo mundo, deve ser algo bem diferente do que a gente fez até agora. - A kuja comentou, voltando as atenções pra mim. - Alguma ideia do que possa ser, chefe? - Levei a mão ao queixo ao ouvir o questionamento da minha subordinada, buscando alguma hipótese realista de algum tipo de trabalho do nosso distrito que só fosse possível ser feito com a presença de nós três.

- Como é do nosso distrito que a gente tá falando, eu só consigo pensar em duas coisas. - Parei por alguns instantes antes de continuar a falar. - Ou eles precisam que a gente “entretenha” muita gente, mais pessoas do que apenas uma de nós poderia dar conta, ou… - Mariabell ergueu a sobrancelha, impaciente. - Ou o quê?

Fiz um sorrisinho sádico, para então enfim responder. - Ou é um serviço perigoso demais, e eles concluíram que era muito arriscado confiar ele só a mim. - Eu mesma começava a ficar animada entretendo essa hipótese, afinal eu aproveitava muito bem as oportunidades que tinha de causar dor em meus inimigos, dentro ou fora de lutas. Izzy suspirou fundo ao ouvir aquilo, aparentemente já tendo chegado nessa conclusão antes de mim.

Nosso pequeno quarteto ficou em silêncio por alguns segundos, cada uma de nós imersa em nossos próprios pensamentos, imaginando qual seria a verdade sobre o serviço que tava pra ser passado pra gente. Ao nosso redor, o movimento na área do porto continuava normalmente, mas pra mim foi como se esses instantes tivessem durado alguns minutos. Era possível que esse fosse ser o serviço mais difícil até agora da minha carreira no Submundo, e dessa vez eu realmente tinha que me certificar que tudo sairia de forma perfeita, afinal, talvez fosse a oportunidade que eu precisava de finalmente conseguir influência o suficiente pra me livrar da gigantesca pedra no meu sapato que era o meu ex noivo.

Era algo que me deixava nervosa e animada ao mesmo tempo, e fazia muuito tempo que eu não me sentia assim. Mas por enquanto eu precisava de calma, afinal eu tava liderando uma equipe, então fiz um longo suspiro pra me recompor. - De qualquer forma, não adianta ficarmos aqui remoendo isso na cabeça. - Quebrei o gelo, cruzando os braços. - Por enquanto, nos resta ouvir tudo o que o tal do Michello tem pra falar. Daí tiramos nossas conclusões. - Finalizei, com as garotas todas assentindo com a cabeça ao me ouvir falar isso. Durante o pôr do sol, deveríamos ir até o bar da Carnelia ao pôr do sol, e lá saberíamos exatamente o que os superiores do distrito queriam conosco dessa vez.



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4Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:37 pm

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O bar da Carnelia era um estabelecimento bem discreto. Ele ficava em uma das áreas menos movimentadas da Cidade Real de Caffeine, o que a princípio parecia ser uma má ideia já que bares são negócios que se adaptam melhor a áreas movimentadas, mas por incrível que pareça, esse em específico tinha até uma boa quantidade de clientes. Ou o serviço aqui era muito bom, ou esse era um lugar onde as pessoas vinham pra falar sobre coisas que eles não querem que se espalhem. Eu apostava na segunda opção.

Assim que entramos, eu avistei Michello sentado bem nos fundos do local, acenando pra mim assim que nos viu. - É ele. - Falei, fazendo um gesto com a mão pra que as garotas me sigam até a mesa do mensageiro. - Senhoritas Anzu, Izzy e Mariabell. É um prazer conhecê-las! - Michello cumprimentou, todo educado. - Como já devem saber, sou Michello Biazzi. - Ele fez uma breve reverência. - Também imagino que saibam o motivo de eu tê-las chamado aqui, certo?

Izzy assentiu com a cabeça em resposta, já as outras duas não pareciam tão entusiasmadas em retribuir a etiqueta do ruivo. - Qualquer que seja o trabalho que você vai nos passar, espero que a recompensa seja boa. - Anzu exigiu, em um tom sério. Michello fez uma risadinha ao ouvir aquilo. - Não se preocupe. - Ele falou, sem dar mais detalhes por enquanto. - Antes de tudo, quero deixar claro que o serviço exige que vocês sacrifiquem no mínimo uma semana. Tem alguma objeção quanto a isso?

As garotas se entreolharam ao ouvir aquilo, e no fim acabaram todas olhando pra mim em busca de uma resposta. - Sem problemas. - Respondi com convicção, já tendo aceitado que nossa volta até Hoxter seria adiada de todo jeito. O ruivo abriu um sorriso satisfeito ao ouvir isso. - Ótimo! - Michello então sacou um envelope de sua jaqueta, retirando dele a foto de um homem de meia idade rodeado por seguranças que usavam uniformes marrons. - Este aqui é José Joaquim Santos. Um influente político do partido Marrom e "amigo" da nossa organização.

O ruivo colocou a fotografia na mesa antes de continuar a falar. - Nosso relacionamento com o Sr. Santos tem sido bastante produtivo, e temos motivos para acreditar que a continuidade dele só trará ainda mais benefícios. - Mariabell suspirou fundo, entediada, mas o Biazzi não se incomodou e apenas continuou falando. - Amanhã mesmo, ele dará início a um grande festa em sua mansão para comemorar seu décimo ano na vida pública. Sendo assim, ele nos encomendou algumas garotas pra "entreter" os convidados. - Revirei os olhos ao ouvir aquilo, já tendo uma ideia de qual era a natureza daquele serviço.

- Ok, mas se é algo tão simples, por que você precisa de uma coordenadora e três mercenárias? - Perguntei o interrompendo, não escondendo o fato de que eu tava um pouco incomodada. - Ainda não terminei de falar, Coordenadora Ren. - Ele não pareceu ter se irritado com minha interrupção e apenas continuou falando normalmente. - De fato, esse tipo de serviço seria normalmente delegado a garotas que estão mais abaixo na hierarquia do distrito. Mas nesse caso, existe uma pequena complicação… - Biazzi fez uma pequena pausa dramática. - Recebemos informações de que o Sr. Santos se tornou alvo do Exército Revolucionário.



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5Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:41 pm

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Tive que revirar os olhos ao ouvir aquilo. Agora tudo fazia sentido. Como o tal do político tava sendo alvo de elementos perigosos, o distrito quis mandar guarda costas pra festa ao invés de garotas comuns como fazem normalmente. E naquela festa o nosso cliente vai estar isolado do mundo com os convidados naquela mansão interiorana, ou seja: muito vulnerável. Era uma ótima oportunidade pros revolucionários tentarem tirar ele do jogo.

E já que eu e minhas companheiras éramos capazes de cumprir ambos os papéis sem problema, tanto de proteção quanto de “entretenimento”, fazia total sentido que tínhamos sido escolhidas pra esse serviço, ainda mais já estando aqui na ilha. Era um plano super astuto, como esperado dos cabeças do Distrito da Luz Vermelha.

Mariabell fez um sorriso convencido. - É o trabalho perfeito pra mim! Eu nasci pra lidar com a alta sociedade, vou me sentir em casa! - Ela falava toda cheia de si, arrancando uma gargalhada do Biazzi. - Ótimo! Adorei o seu entusiasmo, Senhorita Mariabell. Não é sempre que encontramos uma dama com tanta classe no nosso distrito! - O mensageiro bajulava, inflando ainda mais o ego da minha companheira. - Pois é, eu tento não ofuscar as meninas com o meu brilho mas as vezes não tem o que fazer. Por sinal, você sabia que meus pais são nobres? - Bell seguia tagarelando sobre sua história enquanto eu, Izzy e Anzu suspiramos em uníssono. Eu só torcia pra que essa personalidade "difícil" dela não acabe com a nossa expulsão da festa.

Também notei que o ruivo já sabia bem quais botões pressionar pra empolgar a Bell, o que significava que ele tinha feito uma bela pesquisa sobre o meu grupo. Era um sujeito competente, e perigoso. Para a alegria geral de todo mundo ali, Anzu deu logo um fim no monólogo da médica ao se intrometer no papo. - Homens são mesmo uns porcos, o sujeito vai tirar férias de uma semana pra ficar festejando no bem bom por um motivo idiota desses? - A kuja suspirava fundo. - As coisas que faço por esse emprego… - Ela fez uma pausa de alguns instantes antes de finalizar. - Tanto faz, mas se eles me encherem muito o saco, alguns narizes vão sair de lá quebrados. - Ela cruzou os braços, resoluta. - Por favor, não agrida os convidados do nosso cliente, Senhorita Anzu! - O ruivo respondeu com uma risadinha. - É ruim pros negócios, sabe? - Ele completou, com Anzu o ignorando totalmente. Izzy, por sua vez, apenas olhou pra mim um pouco hesitante, evitando se pronunciar sobre o serviço, provavelmente comunicando que confiava no meu próprio julgamento apesar das suas dúvidas.

Sinceramente, depois de ter tido acesso a toda essa informação, eu não tinha como recusar o serviço. Era a oportunidade perfeita pra mostrar pros meus superiores o quão valiosas eu e meu grupo somos pra organização. Se não tiver um ataque, vai ser um serviço super tranquilo, mas caso tenha, eu tava confiante de que nossas habilidades de combate seriam mais do que suficientes pra defender o tal do Santos. Antes eu estava com o pé atrás, mas a perspectiva da influência que eu vou ganhar se completar esse serviço havia espantado todo a minha hesitação. Abrindo o sorrisinho malicioso que eu mostrava com tanta frequência, dei minha resposta. - Tá bem, nós aceitamos.



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6Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:42 pm

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Depois que aceitamos o serviço, Biazzi nos passou algumas malas contendo itens úteis e deu os últimos detalhes. Em seguida, o ruivo pediu que o encontrássemos na frente do mesmo bar às 8 da manhã do dia seguinte. Além disso, ele nos deu uma boa quantia em dinheiro para podermos alugar um quarto de hotel na Cidade Real ara passar a noite. Realmente já tava tudo pronto, era só esperar o dia seguinte. Com isso tudo em mente, fomos logo até o quarto pra descansarmos até a manhã seguinte.

Já no quarto, decidimos antes de tudo abrir as malas e verificar certinho o conteúdo delas. Dentro haviam algumas trocas de roupa, sapatos, acessórios, trajes de banho, conjuntos de maquiagem, tudo muito elegante. O objetivo daquilo era fazer com que a gente causasse a melhor primeira impressão possível. - Espero que eles não peçam essas coisas de volta quando acabar o serviço, porque não tem a menor chance de eu devolver. - Brincou Bell, segurando um vestido de gala e alguns braceletes de prata.

Izzy parecia um pouco confusa enquanto revirava sua mala. - Onde a gente vai colocar tudo isso quando chegarmos na mansão? - Ela perguntou, se voltando pra mim. - Bom, embora a gente esteja indo à trabalho, o Biazzi me falou que oficialmente também somos convidadas da festa. - Respondi, cruzando os braços. - Isso significa que vamos ter quartos próprios, ou no mínimo um quarto pra nós três. Mas acho isso difícil, já que esse tal Santos me parece o tipo de gente que gosta de ostentar a própria riqueza. Ele não seria tão mesquinho. - Fiz uma risadinha sarcástica ao concluir.



O dia passou rápido, e nós decidimos ir dormir bem cedo pra termos tempo de nos preparar antes de encontrar o ruivo às 8 do dia seguinte. Tudo ocorreu sem o menor problema, e assim como tínhamos combinado, na hora certa nós conseguimos chegar na frente do bar da Carnelia. Estávamos usando os vestidos de gala, usando os acessórios que nos foram dados e todas beem produzidas. Para a nossa surpresa, não tinha ninguém lá esperando a gente e a rua tava praticamente deserta.

Anzu cruzou os braços. - É sério que aquele salafrário vai deixar a gente esperando? - Ela falou, indignada. E de fato foi o que aconteceu, ficamos esperando lá por alguns minutos, mas logo avistamos uma carruagem ao longe se aproximando. Sentado na frente estava ninguém menos que o Michello, segurando as rédeas dos dois cavalos que puxavam o veículo.

Ao chegar do nosso lado, o ruivo puxou as rédeas, parando os equinos. - Bom dia senhoritas! - Ele fez uma pequena reverência. - Peço desculpas pelo pequeno atraso, não estou muito acostumado a pilotar essas coisas. - O ruivo explicou, abrindo a porta. - Relaxa, nem foi tanto tempo assim. - Respondi em um tom amistoso, enquanto subia no veículo. As outras garotas logo me seguiram, algumas delas se divertindo mais com aquela situação do que outras. Bell estava beem animada, Anzu ainda estava toda marrenta, e Izzy parecia meio indiferente.

Com tudo pronto, Michello deu a volta no veículo e começou a nos guiar pelas ruas da cidade real. A manhã estava ensolarada, e o clima bastante agradável pra mim, com certeza muito melhor que o calor infernal de Dragora. Não demorou muito para que deixássemos a área urbana da cidade real para trás e entrássemos na parte rural de Caffeine. Durante a viagem, passamos por belas planícies verdes, podendo enxergar muitas plantações de café por todo o trajeto. Minha irmã não desviava nunca o olhar da janela, fascinada com as paisagens ao nosso redor. Izzy e Bell debatiam sobre vender ou não as jóias que tinham recebido depois do serviço, e eu apenas tentava tirar um cochilo pra compensar o pouco de sono que eu provavelmente teria nos próximos sete dias. Infelizmente, eu não consegui o que queria, pois logo avistamos a enorme mansão do Sr. Santos. - Bom, estamos chegando. - Michello avisou. - Boa sorte!



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7Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:49 pm

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O grande portão que levava até a gigantesca propriedade do Sr. Santos se abria para permitir a nossa entrada. Assim que nossa carruagem parou, um velho mordomo veio confirmar se estávamos na lista de convidados. - Hmm, tudo nos conformes. Venham comigo. - O homem colocou a lista de volta no bolso, e então começou a andar na direção da casa. Biazzi fazia um "tchauzinho" pra gente, dando a meia volta com a carruagem e pegando novamente a estrada.

Naturalmente nós fomos atrás do mordomo, atravessando o pátio e passando por vários grupos de convidados. Percebi que estávamos atraindo muitos olhares, o que significava que todo o nosso preparo tava tendo o efeito desejado. O grande pátio era uma bela área cheia de fontes, esculturas em mármore e árvores muito bem podadas que davam ao lugar um ar paradisíaco. O brilho nos olhos de Bell era quase cômico, eu mesma não lembrava de tê-la visto tão confortável assim em qualquer outro lugar.

Eventualmente, adentramos a grande casa e continuamos seguindo o mordomo pelos seus longos corredores. Pinturas enormes e janelas de vidro decoravam o ambiente, e a grande quantidade de portas sugeria que estávamos na área da mansão onde ficavam os quartos de hóspedes. - Esses são os seus quartos. Assim que terminarem de guardar suas coisas, venham até o salão principal. Já está quase na hora do discurso de abertura do Sr. Santos. - Ele explicou, virando as costas pra gente e indo embora.

- Sabia. - Comentei, fazendo uma piscadela pra Izzy por ter previsto que teríamos quartos separados. Além disso, nossos quartos ficavam um ao lado do outro, o que era bastante conveniente. Como era de se esperar, eram todos bastante luxuosos e espaçosos. - A gente tem mesmo que ir ouvir esse discurso de abertura? - Anzu perguntou enquanto jogava sua mala em cima da cama, totalmente desinteressada. - Claro que sim! - Bell respondeu, ofendida. - Tivemos o privilégio de ter sido convidadas, seria falta de educação furar o discurso do anfitrião! - A médica explicou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

A amazona se preparou pra dar uma resposta que aparentava ser bem cáustica, mas decidiu que não valia a pena e se limitou a dar de ombros. - Duvido que vá ser algo muito demorado, acho que todo mundo quer que a festa comece logo, inclusive o anfitrião. - Izzy falou em um tom amigável, tranquilizando os ânimos do nosso grupo. Eu apenas assistia sorrindo sem falar nada, muito entretida com a dinâmica que aquelas três tinham.

Enfim, depois de guardar nossas malas nos quarto, fizemos o caminho de volta pelos corredores até a área do salão principal. O ambiente estava beem lotado de convidados usando roupas de gala e empregados servindo drinques. O local estava barulhento com várias conversas acontecendo ao mesmo tempo, mas logo que um homem subiu ao palco, todas as vozes se calaram. Era um homem de meia idade, cabelos já um pouco grisalhos porém perfeitamente alinhados. Usava um terno que parecia ser caríssimo e no pescoço uma luxuosa gargantilha de ouro. Só podia ser o anfitrião, o Sr. Santos.

E meu palpite estava certo. - Senhoras e senhoras, é com muito prazer que lhes dou as boas vindas a minha residência! - Ele cumprimentou, em um tom caloroso e ao mesmo tempo imponente. Bastante impressionante por sinal. - Como já sabem, eu organizei esta semana de festas em comemoração aos meus dez anos na vida pública em nossa amada ilha de Caffeine, uma celebração a todas as minhas conquistas que tanto melhoraram as vidas dos nossos cidadãos! - Santos continuava, seu discurso pujante conseguindo inspirar um pouco de orgulho até em mim, que nem o conhecia.

- Com isso, declaro aberta essa grande festa! Peço que aproveitem ao máximo de tudo que temos a disposição durante esta semana, afinal, nada do que conquistei teria sido possível sem o fiel apoio de cada um de vocês! - E com isso, o político arrancou uma enorme salva de palmas de todos os ali presentes, inclusive de mim e das garotas. Aquela fala havia conseguido inspirar em mim, uma pessoa super cínica com aquele tipo de gente, um grande senso de admiração pelas conquistas do Sr. Santos, embora eu não fizesse a menor ideia de que conquistas eram essas exatamente.

O brilho nos olhos de Mariabell apenas aumentou após ouvir o discurso. - Que homem incrível! Mal posso esperar pra conhecer ele melhor! - A médica comentou. Izzy, por sua vez, possuía um pequeno sorriso no rosto, embora não estivesse tão empolgada quanto Bell. - Foi um belo discurso, até me deixou querendo ouvir ele falar por mais tempo. - Minha irmã acrescentou. - Pois é. Nunca imaginei que diria isso sobre um homem, mas o discurso foi bem inspirador. - Anzu complementou, me fazendo instantaneamente erguer a sobrancelha.

Anzu detestava homens, e mesmo que ela raramente se envolvesse luxuriosamente com homens pelo seu ramo de trabalho a obrigar a fazer isso, eu nunca tinha visto ela elogiar um homem desde que nos conhecemos, e era algo que eu sempre achei que jamais veria na vida. Eu não acreditava que um discurso curtinho como aquele havia sido capaz disso. E foi isso que acabou colocando uma pequena pulga atrás da minha orelha. Mesmo que o Sr. Santos fosse o melhor orador do mundo, esse tipo de efeito não deveria ser possível. Tinha algo muito estranho acontecendo ali, algo beem fora do normal, e eu estava disposta a descobrir exatamente o que era.



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8Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:49 pm

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Depois que o Sr. Santos terminou seu discurso e oficialmente abriu a festa, o grupo de pessoas que estava no salão começou a se dispersar. Sem demora, me separei das outras garotas pra ir atrás do meu cliente, afinal, parecia a oportunidade perfeita pra eu me apresentar. Por sorte, encontrei ele sozinho no pátio. Com um semblante de pura confiança no rosto, andei até lá a passos rápidos.

- Sr. Santos? - Falei ao me aproximar dele, atraindo sua atenção. O político se virou na minha direção, seu olhar indicando que ele não me reconhecia. - Sim, como posso ajudar? - Ele perguntou, em um tom profissional. - Meu nome é Ren, sou uma grande admiradora do seu trabalho. - Menti descaradamente, usando todas as minhas habilidades sociais pra fazer aquilo parecer convincente. - Vim parabenizar o Sr. pessoalmente pelos dez anos de sucesso.

O político me olhou dos pés à cabeça e refletiu por alguns instantes antes de me responder. - É um prazer, Senhorita Ren. - Ele falou em seguida, aparentemente satisfeito com a minha aparência. - Conhecer melhor meus apoiadores é algo que me motiva a continuar trabalhando duro, por que não vem comigo dar uma volta pela propriedade? - Ele sugeriu, dando uma rápida olhadinha abaixo do meu pescoço. “Tá bom, sei.” Tava na cara que aquilo era lorota, eu duvidava que ele tivesse dado aquela resposta se minha aparência não tivesse o agradado. Tive que me esforçar muito pra não responder aquilo com um comentário sarcástico. Mas de qualquer forma, eu não tava nem um pouco surpresa que aquele velho mentia quase tão bem quanto eu, tendo em vista sua escolha de profissão.

Como era de se esperar, eu  tinha causado uma ótima primeira impressão nele, daqui pra frente não deveria ser muito mais difícil fazer o resto do trabalho e descobrir se de fato tinha algo estranho por trás daquele discurso. - Eu adoraria! - Respondi, fazendo uma pequena reverência. Nós estávamos prestes a sair andando, mas de repente, mas uma figura se aproximou da gente. Era uma moça muito bonita, com trajes tão elegantes quanto os meus. Ela segurava um leque azul na mão esquerda e possuía um ar genuíno de nobreza.

Garota:

Santos abriu um largo sorriso ao perceber a aproximação da recém chegada. - Emma! Há quanto tempo, sinceramente não achei que fosse aceitar o meu convite! - O político dava um rápido abraço na garota, indicando que eles já se conheciam. - Eu não ia perder sua festa por nada, Sr. Santos. - Ela respondeu amistosamente, dando um pequeno passo para trás em seguida.

O político então virou-se pra mim. - Emma, essa aqui é a Ren. Uma de minhas apoiadoras. - Ele me apresentou calorosamente. A recém chegada então se aproximou de mim, apertando minha mão em cumprimento - Muito prazer, Ren. - Ela falou, sorrindo. Eu fiz o mesmo. - Nós estávamos indo dar uma volta pela propriedade, por que não vem junto? - Santos sugeriu, e a garota do leque não demorou nem um pouco pra responder. - Se o senhor permitir.

À primeira vista, Emma parecia apenas mais uma conhecida do Santos. Mas eu, com a experiência que tinha, consegui detectar um pouco de insinceridade nas poucas palavras que ela trocou com o político. Talvez existisse alguma intriga passada entre eles? Eu não sabia dizer. Claro, só isso não era motivo para alarme, mas também era algo que eu não pude deixar de notar. De qualquer forma, por enquanto o melhor a se fazer era apenas seguir com o nosso pequeno passeio e continuar de olhos bem abertos.



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9Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:51 pm

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O passeio foi bem agradável, pra ser bem sincera. Já andei com companhias muito piores do que o Santos e a Emma, e o ambiente enorme daquela propriedade era perfeito para caminhadas como essa. O clima também tava uma beleza, ventando muito e quase nenhuma nuvem no céu. Durante a conversa mole, descobri que Emma era a irmã de um amigo e "parceiro de negócios" de longa data do político, e que eles se viam sempre por muitos anos até a família dela se mudar pra Okeanos.

Ao meio dia teve um belo banquete no pátio, e na parte da tarde nós três fomos assistir um concerto de músicos muito famosos de Caffeine, músicos esses que não conhecia. Não foi o dia mais animado do mundo, mas eu não podia deixar o Santos pra trás e ir fazer alguma outra coisa, afinal, além de proteger ele, eu tinha minhas próprias investigações a fazer quanto a essa oratória acima do normal dele.

Ao fim da tarde o sol logo ia se pondo, e com isso o céu rapidamente escurecia. Com um sorrisinho de canto de rosto, o político se voltou pra mim e Emma. - Nem vi o tempo passar, já é de noite. - Ele comentou, em um tom de brincadiera. - Temos uma piscina aquecida aqui na mansão, o que acham de irmos tomar uns drinques lá? - O homem de meia idade sugeriu, colocando as mãos nos bolsos.

Antes que qualquer uma de nós duas pudesse responder, porém, o mordomo veio até a gente e entrou no meio da conversa. - Sr. Santos, temos uma ligação urgente lá no escritório. - Ele anunciou, em um tom levemente alarmado. - É muito importante, preciso que o senhor venha comigo agora. - Sua voz mostrava muita seriedade. O velho político então deu de ombros, frustrado. - Está certo, mas pelo bem do seu emprego, é bom que seja importante mesmo. Dei ordens para não me incomodar com trivialidades durante a festa. - Ele falou, ríspido, sua ameaça tendo tido um belo efeito no mordomo, que arregalou os olhos de medo. Isso também me parecia meio estranho, uma reação meio desproporcional, mas talvez esse mordomo só precisasse muito do emprego atual. Sei lá.

O anfitrião então mais uma vez se virou pra gente. -  É uma pena, senhoritas, mas vou precisar atender uma ligação e não sei quanto tempo isso irá durar. Nosso pequeno encontro na piscina vai ter que ficar pra outro dia. - Ele explicou, fazendo uma pequena reverência. - Por enquanto, peço que aproveitem a festa. - O político então virou as costas e saiu andando com o mordomo em direção ao interior do casarão.

Emma retirou seu leque, fazendo algumas abanadas antes de se dirigir a mim. - Bom Ren, foi um prazer conhecê-la. Espero te encontrar mais vezes durante a semana. - Fiz uma piscadela antes de responder. - Por que não vem comigo tomar uns drinques? Tem algumas coisas sobre o Sr. Santos que eu queria te perguntar, Emma. - Eu propus, no intuito de pescar mais informações sobre o cliente já que ele e Emma se conheciam de longa data.

A humana riu, aparentemente bem lisonjeada. - Tentador, mas eu realmente tenho que cuidar de uns negócios agora. - A moça explicou, se abanando mais algumas vezes. - Até mais, Ren. - Emma então ergueu novamente seu leque, virou as costas e saiu andando, e foi quando ela virou que eu notei algo bem peculiar sobre o objeto que ela segurava.

Haviam lâminas muito bem escondidas no leque. Aquilo não era apenas um abanador, era uma arma, e isso levantava todo tipo de suspeita sobre a tal da Emma. Seria aquilo apenas algo pra defesa pessoal? Ou estaria ela planejando alguma coisa que podia prejudicar minha missão? Eu apostava mais na primeira opção, mas tendo em vista a gravidade desse serviço, eu não tinha escolha a não ser tirar a prova.

Fazia muito tempo que eu não precisava perseguir alguém sem ser vista, mas essa noite eu não tinha escolha. Qualquer que fossem esses "negócios" que a Emma tinha pra resolver, eu planejava ficar a par de tudo, e se precisasse, estava totalmente disposta a fazê-la "desaparecer". Com um sorriso malicioso no rosto, fui atrás da minha nova conhecida.



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10Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:51 pm

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Mesmo com muita gente na festa, não foi difícil seguir o rastro da Emma sem que ela me percebesse. Naquele ambiente era normal ter gente andando de um lado pro outro, então era bem tranquilo pra eu me misturar no meio dos vários grupos de pessoas enquanto tentava não perder a humana de vista. O rumo que ela tomava era bem curioso, já que ela tava andando pra longe de casa e do lugar onde a maioria dos convidados ficava no terraço. Será que ela ia pular o muro da propriedade? Aquilo me parecia uma possibilidade bem real no momento. Eu assistia tudo muito atenta, escondida atrás de uma árvore.

Mas não foi isso que aconteceu. Ao chegar no limite da propriedade, onde um grande muro de pedra separava as terras do Santos do mundo exterior, a humana fez algo inusitado. De repente, Emma abriu um alçapão no chão e entrou nele, fechando a “tampa” depois de desaparecer na escuridão. Aquilo atiçou minha curiosidade instantaneamente, e eu não conseguia parar de especular sobre o que podia estar lá dentro. Seria uma passagem que levava pra fora dos muros? Seria algum tipo de porão? Uma passagem secreta pra dentro do casarão? Eram muitas possibilidades.

O problema é que eu não tinha tempo pra ficar me perguntando. Eu sabia que era arriscado seguir a Emma pra dentro daquele negócio, afinal eu não tinha ideia do que me esperava lá dentro. Mas de qualquer forma, eu já tava disposta a me arriscar por essa missão desde o início. Me esgueirei até o alçapão e o abri, dando de cara com uma escada enorme que levava pra algum tipo de subsolo. “Ótimo…” Pensei, revirando os olhos, sabendo que teria que enfrentar uma longa e entediante descida.

A descida levou alguns minutos, mas logo eu cheguei até fim graças ao meu preparo físico natural. O que eu encontrei lá me surpreendeu muito. Era uma série de túneis iluminados com tochas, as paredes feitas todas de pedra. Claramente uma passagem, mas eu não tinha a menor ideia de onde ela levava. Andei por alguns metros na esperança de encontrar Emma, mas acabei dando de cara com uma bifurcação. - Droga. - Deixei escapar, frustrada. Pelo jeito minha melhor opção era abandonar a busca por enquanto e tentar ir atrás de Emma no dia seguinte, afinal, eu não tava nem um pouco disposta a me perder nessa rede de túneis subterrâneos. Quem sabe o quão grande eles são? Sem alguma forma de me orientar por ali, eu não tinha a menor condição de explorar.

Depois de fazer um longo suspiro, voltei pelo alçapão até a superfície, meu vestido todo sujo e desajeitado graças a minha pequena incursão naquele subsolo. Mas isso não me preocupava muito, afinal tinham vários outros na mala que eu recebi do Biazzi. De qualquer forma, eu precisava trocá-lo antes que os convidados percebam isso e comecem algum rumor ao meu respeito que possa chegar até os ouvidos do Santos.

De volta ao corredor onde ficavam os quartos, eu tava prestes a abrir a minha porta quando algo bem curioso aconteceu. De repente, a porta do quarto vizinho abriu violentamente com um estouro, e de lá dentro saiu voando um homem, homem esse que logo colidiu de costas com a parede da frente. O coitado tinha sido vítima de um belo arremesso, pelo visto. Ele era claramente um dos convidados da festa, seu nariz tava quebrado e sangrando muito. Em seguida, Anzu saiu de dentro do quarto apenas com a roupa de baixo, estalando os punhos com uma expressão de fúria intensa no rosto. - Me desculpa! Eu juro que nunca mais falo aquilo de novo! - O cara implorou, com os olhos lacrimejando.

- Você tem três segundos pra sumir da minha vista antes que eu quebre cada osso nesse seu corpo miserável! - Anzu deu seu ultimato, encarando o homem do nariz quebrado como se ele fosse a coisa mais desprezível na face da terra. Sem perder tempo, o cara deu no pé, disparando com tudo pelo corredor como um pirata fugindo da marinha. Fiz uma risadinha ao ver aquilo, eu deveria saber que Anzu não ia conseguir se controlar por muito tempo nesse ambiente. Poderia ser problemático se aquele convidado fosse reclamar com o Santos por ter apanhado daquele jeito, mas acho que minha amiga o assustou o suficiente pra que ele não considere fazer isso.

Ao ouvir meu riso, ela notou minha presença. - Ah Ren, não esperava te ver por aqui tão cedo. - Anzu cumprimentou, colocando as mãos na cintura. - Tive uns imprevistos. - Respondi, sem querer abrir o jogo por enquanto. - Aquele palhaço escroto não parava de me importunar pra casar com ele, fala sério! - Ela comentou, o veneno era claro em seu tom de voz. - Eu? Casada com um homem? Prefiro ficar solteira pro resto da vida! - Ela finalizou, ainda bem irritada. Eu não tava nem um pouco surpresa, afinal já tinha presenciado cenas assim várias vezes no passado.

- Ei Anzu, me faz um favor? - Cruzei os braços ao falar. - Você pode ficar de olho no Santos amanhã? Tô com umas coisas bem urgentes pra investigar, e a gente não pode deixar ele o dia inteiro sem proteção. - Fiz o pedido. Eu sabia que ela não era exatamente a melhor do grupo pra esse tipo de trabalho, mas eu não fazia ideia de onde Izzy e Bell estavam, então era melhor garantir que o nosso cliente fosse ter um mínimo de proteção caso alguém tente atacar ele. Quanto a mim, meu plano era continuar investigando a Emma e os túneis. Eu era bisbilhoteira demais pra deixar um mistério desses sem solução.



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11Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:52 pm

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Precisei passar alguns minutinhos convencendo a Anzu a aceitar, mas no fim ela concordou em ficar de olho no Santos durante o dia de amanhã. Já eu, planejava ficar de olho na Emma e descobrir mais sobre ela e aqueles túneis estranhos no subsolo da propriedade. Tentei usar o resto da noite pra aproveitar um pouco da festa e descansar algumas horas, sabendo que talvez os próximos dias fossem ser bem mais agitados. Eu não sabia se ia ter muito tempo pra curtir. Entre o mistério dos túneis e um possível ataque dos revolucionários, a semana poderia ficar beem caótica.



A manhã seguinte havia finalmente chegado. Mais uma vez o céu tava claro e clima o bem agradável. Como ainda era muito cedo, decidi ir na enorme piscina a céu aberto que ficava ao lado do casarão e ver se meu alvo aparecia por ali. Se ela não desse as caras, eu planejava começar a perguntar por aí sobre o paradeiro dela. De qualquer forma, lá estava eu tentando tomar um sol na área ao redor da piscina enquanto verificava discretamente os meus arredores. Não vou mentir, também tinha um pouco de interesse pessoal nessa minha escolha de local pra começar a procura. Eu nem sabia a quanto tempo eu não aproveitava uma piscininha, e eu não ia deixar essa oportunidade passar de jeito nenhum.

Minha aparência:

Tinha até bastante convidados por ali, o que já era esperado como a gente tava no melhor horário pra aproveitar a piscina. Eu tava chamando mais atenção do que o normal pela minha escolha de vestimenta, então tive que dar alguns foras a contragosto já que eu não queria arriscar sair pra me divertir e perder o foco no objetivo.

Mais ou menos meia hora se passou desde que eu tinha chegado lá, e eu tava prestes a me levantar e ir fuçar em outro canto, achando que meu alvo não ia aparecer por lá, mas enfim eu avistei a Emma vindo na direção da piscina. Ela também usava roupas de banho, mas estranhamente tava de salto alto, uma combinação que eu nunca tinha visto na vida. Acenei pra humana, coisa que fez ela me notar e logo vir sentar do meu lado.

Aparência da Emma:

- Emma! Que bom te ver por aqui. - Cumprimentei, fazendo um sorriso amistoso enquanto ela sentava-se do meu lado. - O clima hoje tá ótimo, eu tinha mesmo que vir passar um tempinho aqui. - Notei que ela estava sem aquele leque estranho dessa vez, o que era curioso. - Eu já vi muita moda exótica na minha vida, mas biquini e salto alto na piscina é a primeira vez. - Comentei em um tom de brincadeira,, tudo pra ver qual seria a reação dela.

Emma riu ao ouvir o meu pequeno chiste, como se ela mesma reconhecesse que era uma escolha no mínimo inusitada. - Isso não dá pra negar, mas vai que a moda pega? Talvez daqui a um ano até você esteja usando salto na piscina! - Ela brincou de volta. Não era uma resposta que me satisfez, e logo eu já me perguntava se ela não teria alguma lâmina ou algum tipo de arma escondida naqueles saltos. Mas ainda assim respondi simulando uma outra risada. Enfim, eu precisava mesmo extrair alguma coisa dela sobre os túneis antes que ela vá embora, então tava na hora de parar de jogar conversa fora.

- E então Emma, conseguiu resolver os negócios que você falou ontem a noite? - Questionei, mais uma vez no intuito de observar qual seria a sua reação.



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12Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:52 pm

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Emma demorou alguns instantes pra responder a minha pergunta, o que foi suficiente pra eu detectar uma pequena sombra de malícia passando pelo seu rosto que normalmente era tão sereno. - Sim, resolvi quase tudo. - Ela falou sem especificar nada. - Falta só dar o toque final. - A humana sorriu. - Inclusive Ren, o toque final será dado esta noite. - Emma fez uma piscadela, como se estivesse tentando indicar alguma coisa nas entrelinhas da sua fala.

Passei alguns instantes tentando decifrar aquilo. Eu ainda não tinha como ter certeza do que ela tava planejando, mas tudo indicava que não era nada bom. Ela andava armada no meio de uma festa, e durante a noite ia se esgueirar por uma rede de túneis no subsolo da propriedade. Se eu tinha uma certeza, era que a jovem de cabelos cinzas não era uma convidada normal. Eu não queria chegar a conclusões precipitadas, mas existia uma grande possibilidade dela ser algum tipo de agente de algum grupo hostil ao Santos como os revolucionários ou algum inimigo político.

E como ela disse que esse tal “toque final” será dado hoje a noite, caso eu não descobrisse até lá do que isso se tratava, o Santos, e a minha missão, poderiam estar em sérios apuros. Mesmo com essa pequena revelação, eu não podia me dar ao luxo de deixar minha preocupação transparecer, e por isso não demonstrei nenhuma reação anormal ao ouvir a fala da humana, fala essa que podia muito bem também ser um teste.

- Então isso significa que suas noites vão estar livres a partir de amanhã? - Brinquei em um tom meio sugestivo, no intuito de deixar a conversa mais leve e evitar que ela comece a suspeitar de mim. Emma riu ao ouvir aquilo. - Provavelmente, mas não posso dar certeza de nada.

Nosso papo continuou por mais alguns minutos, mas dessa vez foi pura conversa fiada, assuntos leves e de pouca importância. O tempo foi passando e logo o sol se posicionou bem no meio do céu, simbolizando a chegada do meio dia. Com o meio dia vinha a vontade de almoçar, e eu já tava prestes a me levantar pra ir comer alguma coisa quando vi o Santos chegando na área da piscina, curiosamente sozinho. Eu tinha mandado a Anzu ficar de olho nele durante o dia de hoje, então era estranho ela não estar por perto, será que alguma coisa tinha acontecido? Naquele momento eu não tinha como saber.



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13Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:53 pm

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O resto do dia passou sem eu perceber nada fora do comum. Tentei ficar de olho tanto na Emma quanto no Santos já que Anzu tinha desaparecido e eu não fazia ideia de onde Bell e Izzy estavam, mas não teve jeito e eu acabei perdendo os dois de vista. De qualquer forma isso provavelmente não importava muito, já que eu duvidava que qualquer confusão fosse acontecer durante o dia mesmo. O mais importante era dar um jeito de descobrir o que a humana tava tramando nos túneis do subsolo hoje a noite.

Assim que o sol foi se pondo e a noite foi chegando, voltei pro quarto e coloquei minhas roupas comuns antes de descer novamente pelo alçapão. Também não esqueci de levar minha nekote, afinal eu não podia descartar a possibilidade de que eu seria atacada lá em baixo. Uma vez preparada, andei até onde ficava a entrada do subsolo e desci novamente por aquela longa escada até chegar nos túneis.

Uma vez lá, não pensei duas vezes e comecei a me esgueirar por aqueles corredores mal iluminados, não esquecendo de arranhar a parede com o indicador da minha nekote pra marcar o caminho de volta e evitar que eu acabasse me perdendo. Eu não sei quanto tempo passei caminhando por aquele pequeno labirinto subterrâneo, mas eventualmente dei de cara com uma grande porta de madeira entreaberta. - Bingo! - Falei sorrindo, satisfeita por enfim ter chegado a algum lugar.

Ao abrir a porta, dei de cara com algo que eu realmente não esperava. Uma enorme câmara iluminada a luz de tochas, na parede oposta havia um enorme cofre de metal aberto e dentro dele uma quantidade obscena de ouro e jóias. Vários barris fechados também estavam espalhados pelo local. Além de tudo, eu não estava sozinha. Emma terminava de abrir o grande cofre, e ao lado dela, amarradas com grandes correntes de ferro e amordaçadas com cordas de navio, estavam as minhas três companheiras. Ao perceber minha presença, Emma se virou pra entrada, como se já soubesse que eu viria, e fez uma reverência exagerada. - Finalmente você deu as caras, Ren! Eu tava te esperando.



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14Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:53 pm

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Emma fechou o cofre antes de voltar a falar. - Desde o início eu já sabia que vocês quatro foram mandadas aqui pelo submundo pra ficar de olho no Santos. - Ela fez uma pequena abanada com seu leque. - Demorou um bom tempo pra eu conseguir dar cabo dessas três, e agora só falta você. Logo logo não vai ter mais ninguém pra proteger aquele pilantra.

Minhas suspeitas estavam certas, a Emma era realmente uma inimiga do Santos querendo fazer alguma besteira na festa. Pelo visto ela capturou as garotas uma por uma, provavelmente quanto estavam sozinhas. Eu achei que a falta de contato delas comigo nesses dias era por elas estarem muito ocupadas, mas pelo visto não. Eu também finalmente entendia o motivo de eu não ter visto a Anzu junta do Santos hoje mais cedo. Eu tinha subestimado a minha inimiga e acabei pagando o preço, mas no fim das contas ainda dava pra consertar esse pequeno errinho que eu tinha cometido.

Bom, daqui pra frente o meu objetivo era capturar a Emma, mas talvez fosse uma boa ideia tentar arrancar mais algumas informações dela antes de partir pro ataque. - Você deve ser muito habilidosa pra ter conseguido capturar essas três, Emma. - Respondi, usando minhas habilidades sociais para deixar transparecer em meu tom e maneirismos que eu estava totalmente calma. - Pra quem você trabalha? E o que exatamente você tá fazendo aqui?

A moça fez uma risadinha. - Já que você não vai sair daqui livre, não tem problema em te contar. - Emma fez uma pequena pausa. - Eu sou uma agente do Exército Revolucionário. Fui mandada aqui pra tomar a fortuna do Santos, destruir a mansão e eliminá-lo. - Ela apertou um discreto botão e um mecanismo fez cinco pequenas lâminas emergirem do leque. - Graças aos nossos espiões, fiquei sabendo que ele guarda sua fortuna em dinheiro sujo aqui nesse labirinto de túneis embaixo da mansão. Meu plano é tirar tudo daqui e então ativar os explosivos dentro desses barris pra destruir a propriedade inteira. - Ela explicou. - Ah, e foi também por meio deles que eu fiquei sabendo de vocês quatro. Nossa rede de espiões, como pode ver, é muito eficiente. - Sua voz cheia de orgulho enquanto falava.

Então era realmente o Exército Revolucionário. Eu não sabia muito sobre eles, apenas que eram um grupo dedicado a dar um fim ao governo mundial. Um pessoal idealista que acredita que dedicar suas vidas em prol de um "bem maior" é algo inteligente de se fazer, coisa que eu nunca consegui entender. No fim de tudo, me parecia uma grande idiotice. Mas de qualquer forma, mesmo que fossem idiotas, eram idiotas perigosos, e eu não ia deixar que esses ideiais fofinhos deles ficassem no caminho de uma possível promoção minha. Emma já havia me dado informação suficiente, agora, eu já sabia exatamente como deveria lutar ali.

Estávamos cercados por barris com explosivos, então seria inteligente que eu evitasse sair devastando tudo ao meu redor com meu eletro, especialmente com as minhas companheiras ainda inconscientes naquela sala. Haki e o meu mink ryu seriam minhas melhores armas naquele confronto. - Entendi, valeu pelas dicas. - Fiz uma pequena reverência sarcástica. - Assim que eu te capturar, vou falar pros superiores fazerem uma peneira pra encontrar esses seus ratinhos infiltrados. - Falei, sorrindo maliciosamente. - Quanto a você Emma, vou te dar a chance de se entregar sem briga já que eu gostei da sua companhia nesses dias. Claro, você também pode tentar lutar, mas será mesmo que esse leque da vovó aí vai ser o suficiente pra me derrotar? - Falei, em um tom de chacota.

A revolucionária riu da minha proposta. - Me render? Ren, eu faço parte do Exército Revolucionário, minha causa é muito maior que a minha vida. Eu não me importo se tiver que me arriscar pra te vencer. - Ela explicou, ainda tão calma quanto eu. Pelo visto nenhuma de nós tava disposta a recuar, então uma luta era inevitável. Fiz um leve suspiro ao terminar de ouvir a resposta da garota, e então a encarei novamente, dessa vez com um olhar sádico e cheio de malícia. Cê que sabe, mas já aviso que quando eu começar a arranhar… - Um rápido feixe de eletricidade passou pela minha nekote. - Eu só vou parar quando você tiver sangrando no chão e com um ou dois órgãos a menos.



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15Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:54 pm

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Sem perder tempo, Emma disparou na minha direção, leque em punho, rápida como o vento. Seu golpe mirava meu pescoço, ela queria me decapitar ali mesmo e encerrar a luta antes mesmo que ela começasse. No último instante antes das lâminas me acertarem, consegui bloquear o golpe com as garras da minha nekote, e então segurei a arma da humana para evitar que ela escapasse. - Peguei você. - Declarei sorrindo, enquanto preparava minha mão livre para arranhá-la bem no rosto.

Antes que eu pudesse fazer isso, porém, Emma sacou um segundo leque do seu vestido e tentou me fatiar mais uma vez. Dessa vez eu não tive outra opção e precisei saltar pra trás, se não tivesse feito isso, eu provavelmente teria sofrido um ferimento fatal. - Até quando vai ficar na defensiva, Ren? - Ela perguntou, ainda sorrindo. - Tá com medo de vir pro ataque? - Eu sabia que aquilo não passava de uma provocação barata e que se eu atacasse eu estaria jogando o jogo dela, mas naquele momento eu não tinha muita escolha, eu não era a pessoa mais resistente do mundo e não poder usar meu eletro aqui me deixava em uma grande desvantagem. Eu precisava atacar e causar dano nela o mais rápido possível.

- Que apressada! - Respondi, novamente passando a impressão de que eu também estava super tranquila. - Eu tava a fim brincar um pouco, mas já que você quer tanto assim dar um final pra essa luta tão cedo… - Antes mesmo de terminar de falar, disparei na direção da parede, saltando nela, e uma vez lá, tomei impulso na própria estrutura para atacar minha oponente pelo ar. Emma claramente tava esperando que eu atacasse pela frente, então não conseguiu acompanhar muito bem essa minha ofensiva pelos lados. Eletrificando minha nekote, desferi mais um arranhão assim que me aproximei da revolucionária.

Surpreendentemente pra mim, Emma foi capaz de aparar o meu golpe com um só movimento de seu leque esquerdo, e logo contra atacou com mais um corte usando o direito. Eu já estava com os pés no chão naquele momento, então consegui me desviar da lâmina tirando minha cabeça rapidamente da trajetória dela com um passo preciso pro lado. Agora tava na hora do meu contra ataque. Mais uma vez eu eletrificava a nekote pra tentar acertar outro arranhão, mas ao mesmo tempo que eu fazia isso, a humana já se estava se recompondo e se preparando pra responder com um corte. Ambas atacamos ao mesmo tempo e na mesma velocidade, fazendo com que nossos golpes se chocassem um contra o outro. As forças aplicadas pelo visto eram iguais, o que resultou no surgimento de uma poderosa onda de choque em volta de nós que até mesmo derrubou alguns barris no chão. Tanto eu quanto a revolucionária fomos jogadas pra trás no resultado daquela troca de golpes, ainda sem nenhum ferimento. Por enquanto tudo indicava que a batalha ia dar empate se continuasse assim, mas eu sabia exatamente o que fazer pra mudar isso.



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16Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:54 pm

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A luta estava bem equilibrada até agora, mas eu não tava disposta a permitir que isso continue por muito tempo. Era hora de usar a minha carta na manga. Depois de me concentrar por alguns instantes, meus cabelos cresceram, meus olhos ficaram vermelhos e eu comecei a sentir na pele um grande aumento de poder. Minha dádiva lunar estava ativa, e naquele momento eu tinha certeza que a minha adversária não teria a menor chance.

Emma ergueu a sobrancelha ao presenciar aquilo. - Forma Sulong, né? Eu achei que vocês minks precisavam estar debaixo da luz da luz pra usar esse poder. - A revolucionária comentou, soando um pouco impressionada. - Vejo que cê fez a lição de casa, Emma. - Respondi, um sorriso sádico no meu rosto. - Mas o seu erro foi achar que eu sou uma mink como qualquer outra. - Ergui minha nekote ao falar isso, pronta para o ataque.

Mas uma vez parti pro ataque, mirando um arranhão bem no rosto da minha adversária, dessa vez canalizando meu haki do armamento pelas garras. Pelo visto minha transformação a tinha distraído, o que fez com que ela demorasse demais para bloquear meu golpe com seu leque, posicionando a arma de um jeito errado. O resultado foi o leque se despedaçando em vários pedaçinhos assim que ele fez contato com o meu ataque. - Impossível! - Emma recuou ao ver aquilo, dando algumas piruetas para trás.

- Só mais um e você fica desarmada. E aí, já se arrependeu de ter comprado briga comigo? - Comentei, colocando as mãos na cintura. Emma estava claramente abalada, provavelmente não tava contando com essa combinação de haki e forma Sulong. Ela parecia uma roedora assustada, tava até bem divertido brincar com ela desse jeito. - É, eu não tava esperando que a diferença de força fosse tão grande. - A humana admitiu. - Mas pode ter certeza, Ren, dá próxima vez que nos encontrarmos, você não vai vencer. - Imediatamente após isso, ela sacou uma bomba de fumaça do vestido e a detonou no chão, me desorientando completamente. - Ah, e mais uma coisa... - Eu ouvi a voz da revolucionária vindo da porta de saída. - Cuidado com o Santos, ou a Gargantilha Nilfgardiana dele vai te transformar em um fantoche.

E com essas palavras, Emma desapareceu. A fumaça logo abaixou e lá estava eu naquela sala junto com as minhas três companheiras, o cofre do Santos e os barris de explosivos. A revolucionária pelo visto tinha fugido pelos túneis já que a porta da frente tava aberta, o que significava que não tinha como perseguir ela por aquele labirinto. O confronto enfim havia acabado, mas as últimas palavras da humana haviam me deixado muito intrigada. “Fantoche”, “Gargantilha Nilfgardiana”, o que diabos aquilo significava?



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17Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:55 pm

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Pouco tempo depois do fim da batalha, tive que começar a consertar a bagunça que a revolucionária deixou pra trás. As últimas palavras dela com certeza me deixaram muito desconfiada, mas não era hora de ficar remoendo isso na cabeça, afinal eu ainda tinha trabalho a fazer. Primeiro de tudo, soltei e acordei minhas companheiras, que logo me explicaram como foram pegas de surpresa pela Emma no meio da festa assim que se afastaram dos outros convidados em algum momento. Por sorte nenhuma das três havia se ferido.

Em seguida, fui até a mansão pra dar o relatório completo do que tinha acontecido pro Santos. Tudo indicava que o perigo tinha passado, mas ainda faltavam quatro dias de festa até o fim da missão, o que significava que eu e as garotas ainda íamos ficar mais tempo aqui na propriedade. Ao chegar lá e falar sobre tudo que tinha acontecido, o homem de meia idade revelou que já tinha algumas suspeitas de Emma ser uma agente revolucionária, e agradeceu por eu ter conseguido finalmente confirmar isso além de impedir que o plano dela funcionasse. Inclusive, ele pareceu bem impressionado com as minhas habilidades.

Com o fim do nosso papo de negócios, o político lembrou que tinha me convidado pra tomar uns drinques na piscina a alguns dias atrás e perguntou se eu não queria acompanhar ele naquela mesma hora. Eu tava inclinada a recusar, afinal já era tarde da noite, mas alguma coisa acabou me fazendo decidir aceitar. Eu não sabia exatamente o motivo, mas senti alguma coisinha na minha consciência me empurrando pra dizer sim mesmo que eu não soubesse explicar. De qualquer forma, aceitei o convite. Afinal, eu tava mesmo precisando descontrair um pouco depois de toda essa dor de cabeça com os revolucionários.



Já era por volta das duas da manhã, e a lua ainda brilhava no céu noturno enquanto eu andava em direção às piscinas. A sensação do ar gélido da noite no meu corpo era maravilhosa, ainda mais comigo estando vestindo apenas os meus trajes de banho. Não tinha ninguém naquela área além de mim e do Santos, os outros convidados provavelmente já estando em seus quartos a essa hora da madrugada, embora as luzes acesas das janelas da mansão provavelmente significava que boa parte deles não estavam dormindo. Ao notar que eu vinha chegando, o político, já dentro de uma piscina bem rasa, me cumprimentou assentindo com a cabeça. - Bela noite, você não acha? - Ele perguntou, tomando um gole de uísque. Logo de cara, percebi que ele ainda usava aquela mesma gargantilha de antes, mesmo estando na piscina. Seria disso que a Emma tinha falado mais cedo?



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18Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:56 pm

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- Sr. Santos. - Respondi o cumprimento, entrando na água logo em seguida. O homem então me ofereceu um copo, e assim que eu peguei o objeto, ele colocou uma dose de bebida. - Obrigada. - Agradeci, tomando um pequeno gole. Pela garrafa eu já consegui notar que era um uísque de altíssima qualidade, com certeza era beem caro.

O anfitrião logo começou a puxar assunto comigo. - Mais uma vez tenho que agradecer por você ter conseguido parar aquela traidora. Eu conheço a família da Emma há muitos anos, então decidi dar um voto de confiança pra ela mesmo com todas as minhas suspeitas. - Ele próprio tomou um gole antes de continuar. - Se não fosse por você Ren, eu estaria morto agora.

Fiz uma risadinha sarcástica ao ouvir isso. - Eu só tava fazendo meu trabalho, não foi nada demais. - Respondi, cheia de falsa modéstia. Eu conseguia perceber que o Santos estava me avaliando com seus olhos, como se estivesse em dúvida sobre o que falar em seguida. Depois de alguns instantes de silêncio, ele continuou. - Eu não tenho dúvidas de que os revolucionários ainda vão tentar tomar a minha cabeça mais vezes, tendo em vista as minhas posições no trabalho. - O político comentou, dando de ombros.

Segundo o que eu ouvi no briefing do serviço, Santos era um sujeito altamente corrupto, e eu tinha certeza que boa parte daquele tesouro que eu encontrei nos túneis debaixo da propriedade foi adquirido de formas ilegais. Claro, eu não tava julgando ele por isso, afinal eu fazia parte dos distritos do submundo. Mas eu achei engraçado ele se referir a isso como “posições”, como se eu não soubesse a verdade.

Santos tomou mais um gole. - A Emma ter conseguido fazer tudo isso apenas provou que a minha equipe de segurança não passa de uma piada de mal gosto. São todos inúteis! - O homem de meia idade fez um longo suspiro, eu apenas observava, sem o menor desejo de interrompê-lo. Bebemos por mais alguns minutos, com ele carregando a conversa praticamente nas costas. Mas, por algum motivo, eu não conseguia parar de prestar atenção no que ele falava, mesmo que o conteúdo não fosse a coisa mais interessante do mundo.
Eventualmente, ele percebeu que a garrafa havia se esvaziado. - Acabou a bebida? - Perguntei, cruzando os braços. - Sim. - Santos respondeu, jogando a garrafa fora. - Já está ficando tarde, melhor sairmos da piscina. - O humano se levantou, erguendo-se da piscina logo em seguida. - A propósito, Ren… - Seu tom de voz mudou ao falar isso, ficando um pouco mais lento. - O que acha de me fazer companhia pelo resto da noite? - O anfitrião fez o convite, deixando bem claro o que ele realmente queria nas entrelinhas.

Ele não era um cara bonito, não estava em forma e eu não tinha nada a ganhar se decidisse dormir com ele, mas novamente, eu senti alguma coisa inexplicável me empurrando pra dizer sim. Dessa vez eu não sabia se era o álcool, curiosidade ou alguma outra coisa, mas depois de pensar por alguns instantes, concluí que não fazia mal me divertir um pouco com ele naquela noite. Afinal, protegê-lo não era o único motivo pelo qual eu havia sido escolhida para esse serviço. - Claro, eu adoraria. - Aceitei enquanto também me erguia da piscina, com uma expressão sugestiva no meu rosto.



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19Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:56 pm

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Acordei de manhã assim que a luz do sol entrou pelas janelas do luxuoso quarto, ao visualizar meus arredores, percebi que estava sozinha naquele recinto, meu parceiro provavelmente tendo acordado mais cedo pra ir cumprir alguma obrigação. Até agora eu não conseguia concluir direito o real motivo de eu ter aceitado fazer isso, mas no fim das contas, até que foi divertido, então eu não me arrependi da decisão. Sem demora, tomei banho, coloquei minhas roupas e voltei até o meu próprio quarto.

Ao chegar lá, Anzu, Bell e Izzy já estavam me esperando. Elas falaram que o Santos pediu para que elas me avisassem sobre uma reunião que nós cinco teríamos em seu escritório assim que eu acordasse. Bom, não era como se eu tivesse alguma coisa melhor pra fazer, então decidi ir até lá com as garotas o quanto antes. Nesse horário os outros convidados estavam todos dormindo, então as únicas pessoas que estavam nos corredores eram os serviçais daquela enorme propriedade.

Quando chegamos no imponente escritório do político, ele abriu um grande sorriso. - Ah, enfim chegaram! - Ele cumprimentou. - Sentem-se. - Eu e as minhas companheiras logo sentamos no sofá que ficava ao lado de seu balcão, e então Anzu logo começou a falar. - O que você quer com a gente a essa hora da manhã? - Ela cruzou seus braços, falando em seu tom ríspido. - Queria apenas avisá-las sobre uma nova oportunidade de negócios. - Santos explicou. - Eu estou bastante satisfeito com o desempenho de vocês até agora, então contatei o distrito para fazer uma proposta.

Izzy ergueu uma sobrancelha. - Uma proposta? - Minha irmã questionou, intrigada. - Sim, o plano da Emma pode ter falhado, mas ela ainda está à solta. - O humano cruzou as mãos. - E como a minha equipe de segurança foi completamente superada por aquela garota, assim que vocês me deixarem, estarei vulnerável novamente. - Ele fez uma breve pausa antes de continuar. - Então, sugeri que vocês continuem sua missão atual por tempo indeterminado, pelo menos até que consigamos lidar com o problema revolucionário da ilha. Mas é claro, isso vai depender de vocês aceitarem ou não.

O rosto de Bell era alegria pura ao ouvir aquilo. - Indeterminado? Ei Ren, nós vamos aceitar né!? - A loira segurou meu braço, muito animada com a perspectiva de continuar vivendo assim. - Por mim tanto faz. Não é um trabalho que eu goste, mas poderia ser pior, eu acho. - Ela deu de ombros. Izzy foi a última a dar sua opinião. - Eu vou me preocupar um pouco com o pessoal do clube se nós ficarmos aqui na ilha por muito mais tempo, mas o Sr. Santos tem razão. Ele ainda tá correndo risco de vida, e se ele for assassinado nosso distrito vai perder um contato valioso. - Ela terminava. Eu ainda tava meio indecisa, e mesmo que o argumento dele tenha sido, por algum motivo, muito persuasivo pros meus ouvidos, ainda tinha alguma coisa que não me cheirava bem em tudo aquilo. Mas de qualquer forma, já que todas as três concordavam, e eu não conseguia pensar em algum motivo concreto pra recusar, acabei decidindo aceitar. - Certo… - Fiz um pequeno suspiro antes de continuar. - Nós aceitamos.

Dali pra frente, os dias finais da festa continuaram sem mais incidentes. E assim que tudo acabou, fomos levadas junto do político até sua residência na Cidade Real. Enquanto viajávamos, as últimas palavras que a Emma proferiu antes de escapar na nossa luta não paravam de ecoar na minha mente.



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20Capítulo 1 - Recomeço Empty Re: Capítulo 1 - Recomeço Dom Ago 27, 2023 9:57 pm

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"pensamentos".
-falas.


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Seis longos meses se passaram. Durante todo esse tempo, eu, Anzu, Izzy e Bell trabalhamos integralmente como guarda costas do Sr. Santos conforme nosso acordo, acompanhando-o em todos os seus negócios, dia e noite ele sempre estava acompanhado por pelo menos uma de nós. Com o passar dos meses, nossa rotina foi ficando mais confortável, e nós começamos a nos acostumar muito com aquele estilo de vida. Nossa visão do político também mudou com o tempo e convívio, e agora era possível dizer que nós cinco tínhamos uma relação bem peculiar com ele, certamente beem mais íntima do que a maior parte dos chefes tem com suas funcionárias. Claro, algumas de nós levaram mais tempo que as outras pra se acostumar. Havia ficado claro que durante esse tempo havia surgido um laço de afeição e lealdade genuíno entre nós, algo que eu realmente não esperava que fosse acabar acontecendo. Nós passamos a entender e apoiar firmemente sua visão para o futuro ilha de Caffeine, não tendo a menor dúvida de que seria o melhor para a ilha.

A lembrança das últimas palavras de Emma ficava cada vez mais distante com o passar do tempo, eventualmente desaparecendo no mar de memórias da minha mente. Uma dia, porém, eu novamente escutaria o nome daquela garota que já parecia pertencer a um passado muito distante. Era uma manhã ensolarada, e depois de receber uma instrução de encontrar o Sr. Santos em seu escritório, eu imediatamente me dirigi até lá. Ao adentrar o escritório, avistei o político em pé de frente para a sua mesa, provavelmente já aguardando minha chegada. Usando no pescoço aquela mesma gargantilha que ele nunca removia. - Chefe. - Cumprimentei, sorrindo. - Ren. - Ele respondeu no mesmo tom.

O Sr. Santos então pegou um envelope que estava em cima da mesa. - Recebi ótimas notícias ontem a noite. - Ele falou. - Emma, a revolucionária que tentou explodir minha mansão a seis meses atrás, foi capturada pela marinha e está sendo levada para a prisão de Impel Down. - Eu ergui ambas as sobrancelhas ao ouvir aquilo, Emma havia se mostrado ser muito habilidosa, eu realmente não esperava receber a notícia de que ela tinha sido pela pela marinha. - Com isso, como minha vida não está mais em risco, o serviço de vocês finalmente está concluído. - O político então entregou o envelope em minhas mãos. - Aqui está o pagamento.

Não vou mentir, fiquei um pouco triste ao ouvir aquilo. Eu realmente tinha me acostumado com o estilo de vida que vivi por esses seis meses, e mesmo sabendo que um dia o serviço iria chegar ao fim, eu tentava não pensar muito nisso. O Sr. Santos deve ter notado a mudança no meu humor, e logo continuou a falar. - Mas isso não significa que esse é o fim da nossa colaboração, claro, se vocês aceitarem. - Ele explicou, imediatamente capturando minha atenção mais uma vez. - Tenho grandes planos para Caffeine, planos que envolvem você e as outras garotas, mas antes que possa colocá-los em prática, preciso que você consiga um cargo mais alto no submundo. - Eu escutava tudo atentamente. Galgar cargos no submundo era o que já buscava fazer antes de tudo isso, não era algo que fosse ser muito difícil pra mim. - Então, preciso que vocês retomem suas atividades no submundo, e quando atingirem um cargo mais alto, voltem até mim. O que me diz?

Imediatamente assenti com a cabeça. - Conseguir o cargo mais alto possível no submundo sempre foi um dos meus objetivos. E com certeza eu não tenho qualquer problema em continuar nossa "colaboração". - Falava em um tom sugestivo. - Eu aceito, vou voltar às atividades normais do submundo e quando a hora chegar, voltarei para o senhor. - Declarava, sem qualquer hesitação. O Sr. Santos sorriu maliciosamente ao ouvir minha fala. - Ótimo! - Ele respondeu, em seguida tirando do bolso uma gargantilha semelhante a dele. - Sendo assim, além do pagamento pelos seus serviços, vou lhe dar um outro presente.

O político se aproximou de mim, colocando a jóia em volta do meu pescoço. - Com isso, nosso pacto está selado. - Ele finalizou. Eu, porém, não estava satisfeita apenas com aquilo. Rapidamente coloquei minhas mãos em volta dos ombros dele e roubei um beijo. - Agora sim. Nosso pacto está selado. - Fiz uma risadinha, enquanto continuava olhando nos olhos do chefe, que parecia ter gostado muito da minha pequena surpresa.

Em seguida, depois de ter acertado os detalhes do acordo, peguei o envelope com o pagamento e deixei o escritório. Agora, eu deveria reunir as garotas e explicar pra elas tudo o que havia sido decidido.



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